Mais uma vez, o povo fica para trás: Câmara propõe mudança no dia das sessões e ignora debate com a população. d2s3n
Monte Carmelo vive mais uma situação em que o interesse da população parece ser deixado de lado. Um projeto de resolução apresentado pelos vereadores Simone Teles da Silva Costa (PSD), João Batista Nunes (Republicanos), Amir Campos Ferreira (Bata, PSD) e Carpegiane Correia de Souza (PG da Patrola, PSD) propõe a alteração do dia das sessões plenárias da Câmara Municipal, ando de terça-feira às 19h para segunda-feira no mesmo horário. A mudança, embora aparentemente simples, levanta questionamentos: qual a verdadeira justificativa para essa alteração? A quem beneficia essa mudança? 55a3n
Sem transparência com os eleitores. A equipe do Jornal Sentinela Carmelitano teve o ao projeto de resolução e não encontrou qualquer justificativa clara que explicasse a relevância dessa modificação. O que chama a atenção é que, em momento algum, os vereadores se manifestaram sobre a necessidade de um debate aberto com a população.
Enquanto alguns parlamentares falam em rede social "chamando a imprensa para debater", a pergunta que fica é: por que não convidar os eleitores, aqueles que confiaram seus votos a esses representantes, para também participar da discussão? Seja qual for a razão, a Câmara ainda não se posicionou oficialmente para esclarecer as motivações da mudança.
A alteração do dia das sessões plenárias parece ter duas funções claras:
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Blindagem dos projetos do Prefeito: Com as sessões às segundas-feiras à noite, os projetos enviados pelo Executivo durante o dia chegam sem tempo hábil para que os vereadores de oposição discutam ou convoquem a população para debater. Dessa forma, quando a votação ocorre, a liderança do prefeito pode simplesmente pedir para consultar o plenário, dispensando qualquer discussão formal. Já que votam, mesmo sem parecer jurídico, as pautas importantes, iguais às dos aumentos das cadeiras dos secretariados.
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Aumento nas diárias dos vereadores: Com a mudança, ao invés de receberem três diárias para viagens a Belo Horizonte ou atrás de seus deputados, os parlamentares am a ter direito a quatro diárias. Uma alteração que, aparentemente, não favorece em nada a população, mas sim os próprios vereadores.
A população fica onde? O descontentamento é evidente. Em Monte Carmelo, os cidadãos têm se queixado de decisões tomadas sem a devida consulta pública. Essa mudança no calendário das sessões é apenas mais um exemplo. A demanda já provoca discussões sérias nas redes sociais: será que basta simplesmente chegar e mudar?
Fico pensando... Quem Fiscaliza o Fiscal?
Toda terça-feira, às 19h, a Câmara Municipal de Monte Carmelo se ilumina para as sessões plenárias. É ali, naquele espaço que deveria ser sagrado para a democracia, que os vereadores, eleitos pelo povo, se reúnem para fiscalizar o Executivo, aprovar leis e debater o futuro da cidade. Mas eis que, em silêncio, quase sem alarde, surge uma proposta: mudar o dia das sessões para segunda-feira. Algo que parece inofensivo, quase burocrático. Mas, como toda mudança feita nos bastidores, merece uma pergunta: por quê?
Ah, sim, um vereador em uma página brava "chamou a imprensa para debater". Mas e o povo? Aqueles mesmos cidadãos que enfrentam filas no pronto-socorro, desviam de buracos nas ruas, têm suas casas invadidas pela água da chuva e pagam impostos cada vez mais altos? Não seria o caso de perguntar o que eles acham? Os vereadores fiscalizam o Executivo ou ao menos deveriam. Mas quem fiscaliza os vereadores? Não é a imprensa, não são os jornalistas, é o povo. Esse povo que parece ser lembrado apenas em épocas de eleição, quando os discursos são doces e as promessas parecem resolver todos os problemas.
A proposta de mudar o dia das sessões é simbólica. Não porque segunda-feira seja melhor ou pior que terça, mas pelo que ela representa: decisões tomadas sem transparência, sem debate e sem ouvir quem realmente importa. O povo merece respeito.
Se os vereadores acham que mudar o dia das sessões vai ar despercebido, talvez estejam subestimando a inteligência popular. Porque uma cidade se constrói com diálogo, com participação e com respeito.
Chamar a imprensa para debater é fácil. Difícil é encarar o cidadão na praça e explicar por que as decisões são tomadas a portas fechadas. Que os vereadores lembrem: foram eleitos para servir ao povo, não para servir a si mesmos. E que o povo, sempre vigilante, nunca se esqueça: a democracia é uma construção diária.
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