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Domingo, 25 de Maio de 2025
48 Casas Populares Prometidas em Vídeo pelo Prefeito de Monte Carmelo, Mas Sem Garantias e Inferiores às Cidades Menores

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Cidade enfrenta um déficit habitacional de 1.000 moradias e vê promessas se arrastarem por mais de uma década. 6d4c2o

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48 Casas Populares Prometidas em Vídeo pelo Prefeito de Monte Carmelo, Mas Sem Garantias e Inferiores às Cidades Menores 714t73

“Cidade enfrenta um déficit habitacional de 1.000 moradias e vê promessas se arrastarem por mais de uma década.”

No dia 17 de abril de 2025, o prefeito Ricardo Ferreira, em um vídeo postado em suas redes sociais, anunciou 48 unidades habitacionais em três blocos de apartamentos. A promessa gerou certo entusiasmo entre a população, mas rapidamente se transformou em dúvidas e desconfiança. A falta de documentos oficiais, cronograma de obras e a ausência de informações sobre os critérios de seleção das famílias levaram à frustração dos moradores, que aguardam há anos por uma solução para o déficit habitacional da cidade.

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Déficit Habitacional: Um Problema de Longa Data

Monte Carmelo enfrenta um déficit de cerca de 1.000 moradias populares. Desde 2011, a cidade não testemunha avanços significativos na área de habitação. A última grande entrega de casas populares ocorreu durante a gestão do ex-prefeito Saulo Faleiros, que, por meio da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab), entregou 60 casas à população. Desde então, as promessas de novos projetos nunca se concretizaram.

Na campanha eleitoral, Ricardo Ferreira prometeu a construção de mil novas unidades habitacionais. No entanto, até o momento, o município entregou zero casas, e o recente anúncio de 48 unidades mesmo que ainda sem garantias ou documentos oficiais corresponde a menos de 5% do déficit estimado.

A Surpreendente Diferença: Douradoquara Avança Enquanto Monte Carmelo Fica para Trás

Enquanto Monte Carmelo continua patinando com promessas vagas e sem documentos, a cidade vizinha de Douradoquara, com apenas 1.286 habitantes (cerca de 37 vezes menos que Monte Carmelo), já garantiu junto ao Governo Federal a construção de 50 casas populares. Em janeiro de 2025, o assessor especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares, Gilmar Machado, ao lado do prefeito Flávio Resende de Sousa, anunciou oficialmente a aprovação do projeto habitacional, com recursos garantidos e apoio do Ministério das Cidades.

Comparação entre Monte Carmelo e Douradoquara:

Município

População Estimada (2024)

Casas Populares Anunciadas (2025)

Monte Carmelo

48.024 habitantes

48 unidades (sem documento oficial)

Douradoquara

1.286 habitantes

50 unidades (com apoio federal)

O contraste entre os dois municípios é alarmante. Douradoquara-MG, com uma população infinitamente menor, já tem a documentação formalizada e um projeto habitacional viável, enquanto Monte Carmelo, com uma população maior e uma estrutura istrativa mais robusta, continua patinando entre promessas e vídeos produzidos, sem avanços concretos.

A Falta de Transparência e o Descontentamento da População

Apesar do anúncio em vídeo, a população de Monte Carmelo permanece cética devido à ausência de documentos e informações essenciais. Não há um projeto urbanístico apresentado, uma licitação ou até mesmo uma definição clara sobre a fonte de financiamento para as 48 unidades prometidas. O local exato da obra e os critérios para a seleção das famílias também permanecem em segredo. Para quem aguarda há mais de uma década uma moradia digna, o anúncio sem substância parece mais uma manobra política do que uma verdadeira solução.

A Crise Habitacional: Uma Tragédia Longa e Silenciosa

Em fevereiro de 2023, o Jornal Sentinela Carmelitano já havia alertado sobre a gravidade da crise habitacional no país. O sociólogo e cientista político Dr. Edilson José Graciolli, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), destacou, na época, que a falta de moradias não é apenas uma questão de volume, mas também de qualidade e ibilidade: “Jogar as moradias populares para as bordas da cidade garante, mais do que qualquer coisa, a valorização dos imóveis intermediários.”

A realidade de Monte Carmelo reflete exatamente esse alerta. Em vez de promover o desenvolvimento e a inclusão social, as políticas habitacionais da cidade têm apenas afastado ainda mais as pessoas de suas expectativas de o à moradia digna. Para muitos, a espera parece interminável.

Fico Pensando…

Prometer é fácil. Morar, nem tanto. O que vimos foi apenas um vídeo. Simples assim: um vídeo. Nenhum documento oficial. Nenhuma linha assinada. Nenhum prazo. Nenhum tijolo no chão. Nenhuma certeza.

O prefeito anunciou 48 moradias populares para Monte Carmelo. Parecia até uma boa notícia e, de fato, seria, se viesse acompanhada da solidez que o tema exige. Mas não veio. Só vieram as palavras. Palavras lançadas ao vento das redes sociais, onde se espera que o algoritmo resolva problemas antigos e apague promessas velhas. E então, em meio às dúvidas, ecoa em nossa mente aquele velho e certeiro verso: “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” do poeta Vinicius de Moraes.

E quando falamos em vídeo, não é qualquer vídeo. São produções bem organizadas, quase cinematográficas, com diretores, câmeras e uma equipe de primeira. Tudo meticulosamente editado para vender o que ainda não se tem. A lente mostra otimismo, sorrisos e promessas embaladas com trilhas sonoras suaves. Mas, do outro lado da tela, a realidade grita. E, claro, com efeitos especiais, até a batida das estacas para marcar o início da obra parece algo grandioso. Bater uma estaca com uma mega produção é fácil, mas construir a casa de fato? Isso, sim, é difícil. O glamour da filmagem parece mais um truque para esconder o vazio de ações concretas.

Como uma cidade com quase mil famílias esperando por moradia pode se contentar com um número tão pequeno e uma proposta tão vaga? Como um município que carrega no peito o lema de “seguir para frente, sem deixar ninguém para trás” pode achar que 48 apartamentos, sem garantia, sem cronograma e sem transparência, bastam?

Monte Carmelo merece mais. Muito mais. E é preciso dizer isso com todas as letras. Porque, desde 2011, nenhuma chave foi entregue oficialmente. Nenhuma. A última grande entrega de moradias populares aconteceu ainda na gestão do ex-prefeito Saulo Faleiros. Foram 60 casas pela CoHab. E depois disso? Nada. Silêncio. O problema seguiu crescendo, como crescem as angústias de quem sonha com o lar e vê esse sonho adiado por anos, por décadas.

Enquanto isso, cidades menores mostram que é possível. Douradoquara, com população muito inferior à nossa, já garantiu, com apoio federal, a construção de 50 casas. Sim, 50. Com projeto, com , com anúncio oficial feito ao lado de representante do governo federal. E Monte Carmelo? Fica para depois, mais uma vez. E as 100 Casas prometidas para Celso Bueno?

Além das 48 unidades anunciadas recentemente, um outro compromisso do prefeito, feito durante a campanha, era a construção de 100 casas para o distrito de Celso Bueno. No entanto, enquanto a população de Monte Carmelo sofre com a promessa não cumprida das mil casas, o distrito de Celso Bueno aguarda ansiosamente por essas 100 casas que parecem estar tão distantes quanto as mil moradias do centro da cidade. Com 48 unidades anunciadas e mais 952 ainda pendentes para a cidade e 100 para o distrito, fica claro que as promessas não estão se concretizando no ritmo necessário para atender a essa demanda urgente. Como pode um município com quase mil famílias aguardando por moradia se contentar com tão pouco?

E, enquanto não há solução concreta para a moradia, os problemas vão se empilhando: saúde à mercê, educação nem se fala, esgoto voltando nas hortas das famílias. Mas as mega lives dos secretários estão “ok”. A da prefeitura também “ok”. As diárias do secretariado, essas sim, seguem em dia. Tudo funcionando, menos o essencial.

Em fevereiro de 2023, o Jornal Sentinela Carmelitano já denunciava essa realidade cruel em matéria especial sobre a falta de moradia no Brasil, com a colaboração do professor e Dr. da Universidade Federal de Uberlândia, Cientista Político e Sociólogo Edilson José Graciolli. Já naquela época, Graciolli alertava: “Jogam-se as moradias populares para as bordas da cidade, garantindo-se, mais do que qualquer coisa, a valorização dos imóveis intermediários.” Um sistema que não resolve o problema da moradia, mas o empurra para longe, para fora das vistas e do discurso público.

A realidade brasileira, descrita há mais de dois anos, hoje se encaixa como uma luva em Monte Carmelo. Uma cidade que não apresenta uma proposta habitacional concreta há mais de uma década. Uma cidade que, enquanto promete mil casas em campanha, entrega um vídeo de 48 sem documento. Uma cidade que ainda se pergunta se vai mesmo seguir para frente ou se vai continuar carregando promessas velhas com slogans novos. Porque, no fim das contas, todo futuro começa com um lar.

E a pergunta que fica é: qual Monte Carmelo vai prevalecer? O do “Monte Carmelo com você sempre”? Ou o do “Monte Carmelo, para frente sem deixar ninguém para trás”? Porque, do jeito que está, tem muita gente ficando para trás há muito tempo.

O Jornal Sentinela Carmelitano reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e o interesse público. Até o fechamento desta edição, tentamos contato com os envolvidos, mas não obtivemos respostas. Seguiremos de portas abertas para dar espaço às manifestações dos responsáveis e garantir que a população de Monte Carmelo seja devidamente informada sobre o futuro da habitação na cidade.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Redação Sentinela Carmelitano
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Redação Sentinela Carmelitano
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Ricardo Alexandre

Publicado por: 5mp60

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