
Vereadores de Monte Carmelo Votam Contra Projeto Crucial para Mães Atípicas: A Virada Política que Deixou 300 Famílias à Deriva. 225d6y
Após promessas de apoio, vereadores mudam de postura e rejeitam proposta que beneficiaria crianças com autismo, gerando revolta e indignação na população. 372a3o
No dia 28 de abril de 2025, Monte Carmelo viveu um momento de grande indignação e decepção para muitas famílias que enfrentam o dia a dia de desafios com filhos que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em uma sessão que mobilizou a cidade, cinco vereadores decidiram apoiar o veto do prefeito Ricardo Ferreira ao Projeto de Lei 4495/2025, de autoria do vereador Caxias Arlen, que visava a criação de um programa de atendimento especializado para pessoas com autismo. A decisão, que contrariou promessas eleitorais e a luta de muitas mães atípicas, deixou a população revoltada, especialmente por conta das contradições demonstradas por alguns dos vereadores envolvidos.
O Projeto que Beneficiaria 300 Mães Atípicas.
O Projeto de Lei 4495/2025, de autoria do vereador Caxias Arlen, tinha como objetivo estabelecer políticas públicas para garantir a criação de centros especializados para atender pessoas com TEA, além de proporcionar apoio psicológico, educacional e social para as famílias afetadas. Em uma cidade com mais de 300 casos registrados de autismo, o projeto representava uma luz no fim do túnel para muitas mães que enfrentam dificuldades imensuráveis em busca de apoio para seus filhos.
Simone Teles, vereadora pelo PSD, havia se mostrado uma forte defensora da causa, afirmando publicamente, em 11 de fevereiro de 2025, que era urgente a criação de políticas públicas para atender às necessidades dessa população. Em um discurso emocionado, ela destacou que Monte Carmelo precisava agir com urgência, citando que “são 47 mil pessoas que precisam de nós, e mais de 300 autistas na cidade, muitos deles nem estão lá porque são situações como o meu filho e o seu, Prof. Caxias”. A vereadora, mãe de uma criança atípica, enfatizou ainda a luta solitária das mães atípicas, que, segundo ela, enfrentam desafios diários para garantir os direitos dos filhos.
Fonte: Vídeo Redes Sociais
No entanto, em 28 de abril de 2025, Simone Teles, junto com outros quatro vereadores, votou a favor do veto do prefeito Ricardo Ferreira ao projeto. Juntamente com ela, votaram a favor do veto: Amir Campos (Batata), Sidicley Souza Peres, Carpegiane Correia de Souza (PG da Patrola) e João Nunes. A alegação foi de ilegalidade do projeto, mas essa justificativa não convenceu a população, que se sentiu traída pelos mesmos vereadores que anteriormente se colocaram como defensores da causa.
O Contraste das Palavras e Ações de Simone Teles.
O comportamento de Simone Teles, uma das principais defensoras do projeto, gerou grande perplexidade entre os eleitores. Em sua declaração em 11 de fevereiro de 2025, Teles havia se mostrado emocionada e comprometida com os direitos das pessoas com TEA, reforçando a importância de políticas públicas para essa população vulnerável. Ela falou da dor de ser mãe de uma criança atípica e da necessidade de um olhar atento do poder público. No entanto, a decisão de votar contra o projeto em 28 de abril, após um discurso tão comovente, levantou questões sobre sua verdadeira posição.

A indignação das mães atípicas foi visível durante a sessão e nas redes sociais. “Eu votei em vocês e esperava que cuidassem do meu filho, que é autista. Não posso acreditar que você tenha virado as costas para nós”, afirmou uma mãe durante a transmissão ao vivo da câmara, visivelmente emocionada. Os xingamentos e a revolta foram comuns entre os moradores, que não compreendiam a mudança de postura dos dois vereadores Carpegiane Correia de Souza (PG da Patrola) e da vereadora Simone Teles.
A Falta de Compromisso de Outros Vereadores.
Além de Simone Teles, outros vereadores que se disseram a favor de políticas públicas para autistas também mudaram de posição e votaram pelo veto. Carpegiane Correia de Souza (PG da Patrola), que em 11 de fevereiro se mostrou favorável à criação de um centro especializado, foi outro nome que gerou surpresa. A mudança de voto desses vereadores em apenas dois meses gerou a sensação de que a política local estava mais preocupada com interesses partidários e políticos do que com as necessidades da população.
O presidente da câmara, Sidicley Souza Peres (Defensor dos Animais), e com um discurso popular entre eleitores que buscam maior atenção a causas sociais, também votou a favor do veto. O que mais incomodou a população foi o fato de que, no mesmo dia, o líder de governo, o vereador João Nunes, em entrevista à rádio local, convidou a população para um encontro com as famílias atípicas, onde discutiria a construção de um futuro melhor para as crianças autistas no município, enquanto votava contra a criação de um centro especializado para esse público.

A Indignação de Caxias Arlen e o Empate na Câmara.
O vereador Caxias Arlen, autor do projeto, expressou sua indignação ao usar a tribuna da câmara para denunciar o que ele chamou de “vergonha” e “desrespeito com a população de Monte Carmelo”. Ele também aproveitou para criticar a infraestrutura da câmara municipal, mencionando que “com tanto dinheiro sendo gasto aqui, a casa está sucateada e sem condições de cumprir seu papel”. O microfone falhou diversas vezes durante sua fala, o que foi visto como um reflexo simbólico do descaso do poder público com as necessidades da população, que o presidente da casa não está preocupado em dar dignidade para os vereadores que realmente querem trabalhar, de verdade, para a população.
O projeto do veto ficou empatado na câmara, sendo decidido apenas pelo voto de Sidicley Peres, presidente da casa, que optou por apoiar a decisão do prefeito. A votação, de 5 votos favoráveis ao veto contra 4 contra, deixou a cidade dividida e sem respostas concretas sobre o futuro das políticas para autistas em Monte Carmelo.
O Deputado Elismar Prado e a Contradição Política.
Em contraste com a realidade de Monte Carmelo, o deputado estadual Elismar Prado (PSD), em Belo Horizonte, comemorava a derrubada do veto do governador de Minas Gerais para a criação de centros regionais de atendimento a pessoas com autismo. Enquanto isso, em Monte Carmelo, a luta pela criação de um centro especializado foi barrada por interesses políticos locais. A imagem de Elismar Prado defendendo a causa em nível estadual e a reação dos vereadores locais, que pareciam priorizar outros interesses, se tornou um símbolo do distanciamento entre a política local e as necessidades reais da população.
O Conflito de Interesses e o Futuro de Monte Carmelo.
O episódio revela um profundo conflito entre os interesses da política local e as necessidades da população. Enquanto muitos vereadores se dizem comprometidos com as causas sociais e os direitos das pessoas com deficiência, a votação contrária ao projeto demonstra que, muitas vezes, os compromissos políticos e as alianças partidárias falam mais alto. A promessa de um futuro melhor para as crianças com autismo em Monte Carmelo, que parecia próxima com o projeto de Caxias Arlen, agora parece distante.
O que fica é a sensação de que as mães atípicas, que tanto lutam pela inclusão e pelo cuidado de seus filhos, foram deixadas à mercê da sorte. As palavras de esperança, tantas vezes ditas durante a campanha eleitoral, se perderam em um mar de interesses políticos. O futuro dessas crianças e suas famílias permanece incerto, enquanto a população se pergunta se pode confiar naqueles que deveriam ser seus representantes.
Fico Pensando...
A verdade que não queremos enxergar: quem realmente está com as Mães Atípicas de Monte Carmelo? Monte Carmelo, uma cidade pequena, mas com uma história política que, de tempos em tempos, mexe com a alma de seus moradores. E, no último dia 28 de abril de 2025, o que se viu foi um capítulo desolador que vai ecoar por muito tempo. Em uma Câmara Municipal dividida, onde os discursos de apoio e as promessas eleitorais se perderam na poeira do interesse político, a verdadeira pergunta, dolorosa e sem respostas claras, se impõe: Monte Carmelo, você realmente está com as mães atípicas, ou apenas com aqueles que se alinham politicamente?
A decisão de votar contra o Projeto de Lei 4495/2025, que buscava criar um centro especializado para atender crianças com autismo, fez a cidade sentir uma dor aguda. Cinco vereadores, entre eles a vereadora Simone Teles, decidiram apoiar o veto do prefeito Ricardo Ferreira. Simone Teles, uma mulher que, ao longo de sua trajetória política, se apresentou como defensora dos direitos das mulheres, se mostrou, na prática, mais distante do que nunca das mães atípicas.
Simone Teles, uma mãe atípica, com toda a experiência de quem vive a dor de ter um filho com necessidades especiais, já havia se emocionado em plenário, em 11 de fevereiro de 2025, dizendo que Monte Carmelo precisava agir com urgência para apoiar as 300 crianças autistas da cidade. Em um discurso comovente, ela falou das dificuldades que ela mesma enfrentava como mãe atípica, das lutas solitárias de outras mães, e de como a cidade deveria abraçar essa causa. Mas no dia 28 de abril, quando o momento da decisão chegou, a vereadora virou as costas para a mesma população que a havia colocado ali para defendê-los.
Simone não depende da ajuda pública, é importante lembrar. Ela tem condições de arcar com as despesas que a vida de mãe atípica impõe, como levar o filho a tratamentos especializados em qualquer lugar que for necessário. Mas e as outras mães? Aqueles que não têm esse luxo? Aqueles que dependem do poder público para que seus filhos tenham o básico? As queixas dessas mães foram, literalmente, ignoradas. Enquanto Simone Teles tinha sua escolha e seus recursos, muitas mães de Monte Carmelo continuam a lutar sozinhas, sem apoio, sem condições de garantir os cuidados adequados para seus filhos.
E aqui surge a pergunta mais dolorosa de todas: quem está realmente com as mães atípicas de Monte Carmelo? As mães que enfrentam os desafios diários de criar seus filhos com TEA e que, com muita dificuldade, buscam um atendimento digno para seus filhos, uma política pública que, de fato, ofereça e. E a resposta não está nos discursos de palanque, nem nas fotos sorridentes de propaganda. Está na verdadeira essência das ações políticas de quem deveria representá-las.
Simone Teles, que lançou a Procuradoria da Mulher para defender as mulheres da cidade, abandonou as mães atípicas. Como ela pode se dizer defensora das mulheres, se ignorou a luta das mães que mais precisam de amparo? Como pode uma política pública voltada para as mulheres se esquecer de um grupo tão vulnerável, que também carrega no peito a dor de ser mãe, mas que, além disso, precisa enfrentar a negligência do poder público, enquanto outras mães, como ela, podem resolver seus próprios problemas com mais facilidade?
Sidicley Souza Peres, presidente da Câmara Municipal, não ficou atrás na demonstração de indiferença. Com todo o seu discurso de defensor dos animais, ele se mantém afastado da realidade das mães atípicas. E, para reforçar a mensagem de que a cidade não está olhando para as necessidades dessas mães, sua esposa, em uma live da vereadora Simone Teles, reafirmou a visão do presidente da câmara, quando disparou: “A proposta do Sidicley foi ajudar os animais desde 2016, para ajudar gente já tem 8 vereadores”. A mensagem foi clara: os animais são prioridade, mas as mães atípicas, que precisam de apoio, ficam em segundo plano.
Então, a pergunta continua martelando na mente de quem ainda se importa: Monte Carmelo, quem você realmente está protegendo? Será que as mães atípicas, aquelas que lutam todos os dias com um amor incondicional, merecem realmente menos atenção do que os discursos políticos vazios e as bandeiras defendidas por conveniência? Será que essa cidade vai continuar permitindo que interesses partidários e alianças políticas falem mais alto do que a dignidade e o direito das famílias a um atendimento digno e especializado?
E se alguém ainda tem dúvidas sobre quem está com as mães de Monte Carmelo, a resposta está bem diante de nossos olhos. Mas, é claro, para vê-la, não basta uma visão superficial ou limitada. É necessário um olhar atento, sincero, que vá além das aparências, que enxergue a realidade nua e crua de uma cidade que, em sua busca por poder e interesse político, está deixando para trás as pessoas que realmente precisam de ajuda.
No entanto, a contradição de Monte Carmelo não parou por aí. No mesmo dia em que a cidade viu o veto ao projeto ser aprovado, João Nunes, líder de governo e vereador, fez questão de convocar a população para um encontro com as famílias atípicas. Em uma entrevista na rádio local, Nunes disse: "Estamos organizando um encontro com as famílias atípicas para o dia 30 de abril, no gabinete do prefeito Ricardo Ferreira, para discutirmos a construção de um futuro melhor para as crianças com autismo em nossa cidade."
Como é possível convocar a população para discutir um “futuro melhor” enquanto, no mesmo dia, se toma uma decisão política que barra a criação de um centro especializado, um dos os mais urgentes e necessários para essas famílias? Como confiar que um governo que impede a implementação de políticas públicas fundamentais agora está genuinamente comprometido em ouvir e apoiar as famílias que mais precisam?
O encontro no gabinete, que parecia ser uma tentativa de apaziguar a população, se transforma em um gesto vazio, uma contradição flagrante. João Nunes pode convocar as famílias para discutir um futuro, mas, enquanto os políticos de Monte Carmelo agem dessa forma, as famílias atípicas continuarão a viver no limbo, sem o apoio que necessitam. Como podem as promessas de um futuro melhor ser levadas a sério, quando a política local se revela, dia após dia, incapaz de garantir um futuro digno e imediato para aqueles que mais precisam?
Monte Carmelo, será que está com você? Ou com aqueles que se alinham politicamente, deixando para trás quem mais precisa? A resposta, mais do que nunca, depende de quem está disposto a ouvir, realmente ouvir, o clamor silencioso daqueles que vivem à margem da política. As mães atípicas de Monte Carmelo merecem mais do que promessas vazias e encontros políticos que não resolvem nada. Elas merecem ação, justiça e, principalmente, respeito.
O Jornal Sentinela Carmelitano, até o fechamento desta edição, não obteve resposta da istração municipal nem do presidente da Câmara Municipal. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a ética e o interesse público, mantendo o espaço aberto para manifestações das partes envolvidas e de seus representantes. Nossa equipe de reportagem permanece à disposição para ouvir, publicar e dar voz aos esclarecimentos que se fizerem necessários. A população, maior interessada neste processo, tem o direito de ser informada com clareza e objetividade. O Sentinela continuará cumprindo seu papel como canal de comunicação, comprometido com a verdade e com a democracia.
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